As leis de proteção ambiental não conseguiram sair efetivamente do papel para chegar à Amazônia Oriental. Quem já chegou por lá, apesar do difícil acesso, foram as queimadas, os desmatamentos e a impunidade dos exploradores. As terras dos antigos índios uru-eu-uau-uau e uru-pan-in são, na verdade, terras de ninguém onde estão guardadas belezas naturais ameaçadas pela cobiça do homem.
Em 1979 foi criado o Parque Nacional de Pacaás Novos com o intuito de proteger um importante refúgio ecológico da Bacia Sedimentar Amazônica. A área de 764.801 hectares coincide com o território dos índios uru-eu-uau-uau e uru-pan-in, cujos primeiros contatos pacíficos com o homem branco só foram feitos no início da década de 80.
CLIMA
O clima é tropical quente e úmido com temperatura média anual entre 24 e 26°C, ocorrendo o período de maior precipitação durante os meses de novembro a março. O melhor período para visitação vai de junho a agosto, sendo o mais seco.
ASPECTOS NATURAIS
O relevo do parque chega a lembrar o das chapadas brasileiras, apresentando muitas grutas, cachoeiras - algumas com até 50 m de altura - e uma rica rede hidrográfica, abrigando as cabeceiras dos principais rios da região (Madeira, Mamoré e Guaporé). O ponto mais alto do Estado, o Pico do Tracoá (1230 m) encontra-se nos limites de Pacaás na serra de mesmo nome. Outras duas serras, a do Uopianes e a dos Pacaás Novos estão presentes, recobertas por mata densa.
Estando em uma área de transição entre Floresta Amazônica densa e o Cerrado, exibe espécies como a seringueira, o ipê-amarelo, a castanheira, a palmeira babaçu, além de samambaias, periquiteiras e ipês na área de Cerrado.
Sua fauna possui onças-pintadas, bugios, tamanduás-bandeira e macacos-da-noite representando os mamíferos. Entre as aves, estão papagaios, tucanos e araras ameaçadas de extinção.
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