A cidade de Floriano é originária de quatro antigas sesmarias, a maioria doada a Domingos Afonso Mafrense, em 1676. Foi ele o responsável pela implantação das primeiras fazendas, com o cultivo da cana-de-açúcar e pecuária extensiva – que depois veio a se estabelecer como atividade mais importante.
Com a morte de Mafrense, trinta de suas fazendas foram doadas aos jesuítas, que as administraram. Os jesuítas foram expulsos das fazendas em 1760 e as terras passaram para o Estado, atingindo significativo crescimento.
Historicamente a cidade foi fundada pelo agrônomo Francisco Parentes, que lá inaugurou a primeira escola de agronomia das Américas. Essa instituição se destinava à educação de filhos dos escravos (ambos os gêneros), órfãos e libertos pela Lei de 28 de setembro de 1871.
Em 1897, o pequeno povoado, que se chamava Colônia Rural de São Pedro de Alcântara, foi elevado à categoria de cidade, com o nome atual, em homenagem ao marechal Floriano Peixoto. A valorização da borracha de maniçoba, a chegada dos árabes mercantilistas e a navegação fluvial também contribuiu significativamente para o desenvolvimento da cidade.
Floriano conta com uma comunidade árabe que exerce forte influência em sua cultura. Vários imigrantes oriundos da Síria se estabeleceram lá a partir do final do século XIX. Grande parte destes imigrantes veio da cidade de Maalula, um dos últimos redutos do aramaico no mundo. A língua aramaica era falada por Jesus. Mas a grande maioria dos árabes estabelecidos em Floriano veio de Khabab, também da Síria.
A cidade é para quem é apaixonado por carros: o Museu do Automóvel de Floriano expõe, em um galpão de 288 metros quadrados, vários tipos de veículos antigos – desde caminhões até bicicletas. Além disso, conta com um acervo de revistas, acessórios e fotos.
Outra atração da cidade é o carnaval que atrai foliões de todo o Piauí e Maranhão, constituindo-se a maior festa do gênero na região. A maior concentração desta festa se dá no cais do porto, sendo animado por trios-elétricos durante as quatro noites de folia.
Folclore
Fazem parte do rico folclore florianense dois tipos distintos de herança: a oriunda do Português, do Índio e do Negro e aquela herdada dos árabes. Nesta se enquadram figuras como o "Seu" Salomão Mazuad, Calixto Lôbo, David Kreit, Elias Oka, Faiz Salim, Gabriel Zarur, Millad Kalume, Dra. Josefina Demes e outros, cada um sendo a personificação de uma característica inerente ao povo árabe, positiva ou não. Naquela temos o Cavalo Piancó, o Pastoril, o Cabeça de Cuia, a porca do dente de ouro.
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Localização Floriano está localizada a 253km da capital do estado.
Acesso Por terra: o acesso pode ser feito através da rodovia BR-230
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