Para além do Oiapoque, no Amapá, está uma região tão selvagem quanto ameaçada. A região foi alvo de disputa entre portugueses e franceses por mais de dois séculos. Os portugueses saíram vitoriosos, mas quem ganhou mesmo fomos nós por termos em território brasileiro uma paisagem tão rica. É uma pena que essa riqueza natural não baste ao homem. Em busca de dinheiro, o homem caça e devasta indiscriminadamente pondo em risco um dos verdadeiros tesouros brasileiros.
Em 1980 o governo transformou 619.000 hectares do extremo norte do Amapá, na fronteira com a Guiana Francesa, no Parque Nacional do Cabo Orange.
O Parque também faz limites com uma aldeia indígena, abrigando uma pequena vila de pescadores chamada Tapereba. Ali, na desembocadura do Rio Oiapoque, a exuberância vegetal dos manguezais contrasta com a simplicidade da pequena população dessa vila de pescadores que a cada dia luta para sobreviver.
CLIMA
O clima é tropical quente e úmido, com temperatura média anual variando entre 24°C e 26°C. O período seco vai de setembro a dezembro. No restante do ano, chove bastante e a BR-156 fica com o acesso mais dificultado.
ASPECTOS NATURAIS
Os campos de planície predominam no parque, apresentando extensos manguezais com alta taxa de sanilidade nas águas próximas ao Oceano Atlântico. Dois rios cortam a região: o Uaça e o Caciporé, em cuja foz há um trecho de densa Floresta Tropical, praticamente inacessível.
As espécies vegetais mais comuns nos manguezais são as siriúbas, o mangue-vermelho e o mangue-amarelo. Já nos campos encontramos o capim-arroz, o buriti, o caimbé e o mururé. Entre as aves estão o guará, o flamingo e a garça-branca-grande. Representando os mamíferos temos o peixe-boi-marinho, quase extinto, a onça, a lontra, o guaximim, o macaco-de-cheiro, a ariranha, o veado-campeiro, entre outros. O boto sumiu da águas da região.
A fauna, típica da região, possui várias espécies de tartaruga-marinha, além do ameaçado peixe-boi. Sem contar com as aves em extinção, como o guará e o flamingo.
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