Praias desertas da Península de Maraú - BA
A Península de Maraú pertence à APA Maraú (Área de Proteção Ambiental) desde 1997, fator importantíssimo para cuidar muito bem deste pedacinho de paraíso!
Apresentação

A Península de Maraú pertence à APA Maraú (Área de Proteção Ambiental) desde 1997, fator importantíssimo para cuidar muito bem deste pedacinho de paraíso!
O município de Maraú originou-se de um povoado fundado em 1705, por frades capuchinhos italianos, instalados na aldeia indígena chamada Mayra-hú, que significa belo lugar ou pessoa morena, provavelmente fazendo alusão às baias de águas escuras.
Localizada no litoral sul da Bahia a 180 km de Salvador, 100 km ao norte de Ilhéus, e apenas 38 km de Off-road de Itacaré, passando entre Fazendas, trechos de Mata Atlântica, areia, mangues e muita terra, mais precisamente na região denominada `Costa do Dendê`, Maraú possui clima tropical úmido com temperatura média anual de 28°.

A Península fecha pelo sul a baía de Camamú, terceira maior do Brasil em volume de águas. A população total é de 18.300 habitantes, sendo que 70% habitam a zona rural.
Primeiro dia

A agência receptiva Maris Turismo nos ofereceu o transfer Off-road de Toyota, de Itacaré direto para a Pousada Lagoa do Cassange, onde ficamos hospedados. Um lugar onde ninguém pode invadir sua paz, o sossego é o lema principal. Muito bem recebidos por pessoas locais, fomos conduzidos ao chalé, com água de côco nos esperando, vista para o mar e redes para todos os lados do jardim florido.

Envolvidos por outro ritmo, nos aconselharam: `(..) Descansem, se precisarem de espreguiçadeiras na praia, é só avisar!`
A Pousada está localizada na praia de Saquaíra, extensa e muito deserta. A Península possui, ao todo, 40 km de praia com esta característica: DESERTA. Desta forma, não há um leque de opções para comer na região, sem se deslocar até, no mínimo, Barra Grande. Por isso, a Pousada Lagoa do Cassange não deixa a desejar na cozinha. Come-se MUITO BEM.

Foi isto que fizemos neste dia, comemos bem, descansamos e caminhamos pela praia de Saquaíra, linda, longa, plana... até o sol se pôr e a lua nascer com um belo banho de mar.
Segundo dia

Acordamos com os passarinhos e o som do mar, que já faziam parte da trilha sonora ambiente. Após o café, fomos junto a um grupo de quatro pessoas mais o guia para o Jeep tour. Uma dica para este passeio é maneirar no café, porque o carro pula muito e...., enfim, é bom maneirar!

A primeira parada do passeio é no Morro do Farol, o ponto mais alto da península, com 51 metros de altura. De lá tem-se a visão de toda a extensão de praias ao norte e ao sul, até o município de Itacaré.
De lá, seguimos viagem para as piscinas Naturais em Taipus de Fora. Fizemos uma caminhadinha de uns 15 minutos por uma praia deserta até chegar no local ideal para mergulho, onde estão os arrecifes de corais. Apesar do tempo, ora bem nublado, ora com uma brechinha do sol, conseguimos nadar com os peixinhos coloridos, remetidos ao universo da leveza e do silêncio. Íamos nadando e, a cada momento, encontrando novas lindas espécies de peixes. O mergulho durou mais do que o previsto, porque ninguém queria sair da água morninha, enquanto a chuva ameaçava do lado de fora.

Enfim, a fome bateu e fomos almoçar (o pedido já havia sido feito antes do mergulho, dicas dos guias que conhecem o ritmo dos paulistas X o dos baianos). Pés na areia, brisa no rosto, maresia, e o tempero baiano complementando o paladar com a pimentinha básica! Desta vez, não esquecemos que o próximo passo seria entrar no chacoalha-chacoalha da Toyota.

Na volta, passamos no Jardim das Bromélias Gigantes, uma trilha de Floresta Atlântica com diversas bromélias com mais de 1 metro de altura espalhadas pelo chão e pelos galhos das árvores, é impressionante!
Quando chegamos na Pousada, a água de côco e o suco natural de Cacau já nos esperavam. De noite fomos convidados pelos proprietários da Pousada Maraú, próxima à Pousada Lagoa do Cassange (não tão próxima, 3 km pela praia!!!) para um jantar. Ou melhor, um delicioso jantar, onde trocamos muitas idéias. Eles vivem há 15 anos em Saquaíra, trabalham com a comunidade, na área de saúde e artesanato, fantástico!
Na ida estava chovendo, fomos a pé pela praia com um guarda-sol! Na volta, ainda pela praia, o céu se abriu e era absurda a quantidade de estrelas que havia no céu. Uma brisa deliciosa completava o clima; para alguém que vive em SP e desconfia até da própria sombra de noite, aquela caminhada de 3 km pela praia era surreal!
Terceiro dia

De manhã fomos ao Porto do Jobel pegar o Catamarã para o passeio pela Baía de Camamú. Passamos por vilarejos de pescadores como Campinho e Taipus de Dentro, e prainhas paradisíacas. Paramos em uma delas, a Ilha do Goió, onde só existe um casal morando, ele é pescador e ela cuida do bar.

De lá seguimos para a Ilha da Pedra Furada, um local particular, onde é possível entrar mediante uma pequena taxa. Além de uma grande pedra furada, quase todas as pedras da ilha são furadinhas, devido à ação de um molusco, segundo a explicação de nosso guia. As cores estavam fortes e nos encantaram. Demos uma volta na ilha subindo nas pedras e, na volta, passamos por uma gruta, onde acredita-se que, enquanto a atravessamos, devemos fazer um pedido, e então nunca voltar por dentro dela, para que se realize. Dito e feito! Ninguém questionou, só pediu! Vai que dá certo!

Próxima parada: almoço na Ilha do Sapinho. A Ilha do Sapinho é um dos Povoados da região, um lugar de gente simples e simpática, onde está um dos restaurantes preferidos dos turistas. Um dos pratos prediletos é o guaiamum, que é cevado no próprio restaurante, o que torna possível escolher a dedo seu pedido vivo! Outra pedida tradicional é a moqueca de lagosta.

Saímos satisfeitos e fomos caminhar por dentro da ilha para conhecê-la melhor e fazer a digestão. Mas em menos de 15 minutos ela já havia acabado! Voltamos à embarcação cruzando a Baía de Camamú por cerca de 1 hora.
No final de tarde estávamos na pousada, ainda em tempo de curtir as redes de frente para o mar. À noite o céu estava estrelado, a comida deliciosa, e o sorriso, o bem-estar e a expressão de leveza, não saíam de nossos rostos.
Serviços
Venturas e Aventuras
www.venturas.com.br
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Maris Turismo e Ecologia
(73) 255-2348
983-4859
maris@maris.com.br
Pousada Lagoa do Cassange
(73) 255-2348
983-4859
Dicas dos autores

Para chegar na Península é preciso estar com um carro 4x4 ou contratar os serviços de uma agência para transfers e passeios, pois as estradas são ruins e com muita areia fofa.
Leve filmes extras para a sua câmera; as paisagens são muito lindas e, se você gosta de fotografar, não vai se arrepender.
Ao sair para os passeios, não deixe de levar um dinheirinho para comprar artesanato em barraquinhas de moradores locais. Eles costumam trabalhar com o côco e fazem peças muito bonitas e úteis. Prestigie o povo local!
Não esqueça de levar chapéu, repelente, e um bom protetor solar.
Se você for fazer passeios de toyota pela região, faça refeições leves - as estradas são de areia e o carro chacoalha bastante.
Ao fazer caminhadas pelas praias desertas, respire fundo, reflita, receba a energia do lugar, aproveite! Mas fique atento à maré pois, se ela subir, você terá de caminhar pela areia fofa - que é bem mais cansativo.
Publicado por Equipe EcoViagem em

Mara

Patricia Barros

Juarez cosa

Equipe EcoViagem

Thiago

Karla Fernandes Foli

Adriana duran
Amo esse lugar de paixão

Rozangela Silva

Alcione
- mto lindo de se ver, gostaria mto de ter a oportunidade de conhecer, valeu! Fortaleza-Ceará-Brasil.

Ana Luiza Pinto do Nascimento
Amei as praias,as pousadas enfim.! É tudo muito lindo.!
Tenho certeza que um dia eu ainda irei em Maraú.! Parabéns a todos vocês que conseguiram e conseguem até hoje manter esse monumento histórico vivo.! Beijos!
Joâo freitas