Os Picos do Caparaó - MG
O Parque Nacional da Serra do Caparaó, criado em 1961, está na divisa dos Estados do Espírito Santo e Minas Gerais, e engloba uma área de 31 mil hectares.
Apresentação

O Parque Nacional da Serra do Caparaó, criado em 1961, está na divisa dos Estados do Espírito Santo e Minas Gerais, e engloba uma área de 31 mil hectares. Há duas entradas que levam para a unidade, uma por cada Estado.
O clima da região é tropical: no verão as temperaturas são amenas e variam entre 19 e 22º C. Durante o inverno, porém, os valores caem bastante, podendo chegar a -8º C, nos lugares mais elevados.

A Serra do Caparaó guarda inúmeros atrativos, como trilhas, cachoeiras, picos e vistas exuberantes. Nosso objetivo era conhecer melhor a área do Parque Nacional e suas belezas, como a Cachoeira Bonita, o Vale Encantado, os Picos do Cristal e, o mais famoso, o Pico da Bandeira, com 2890 metros de altura, hoje o 3º maior pico do Brasil. Na realidade, é o maior pico do Brasil, mas em território nacional, pois os dois primeiros, o Pico da Neblina (3014 m) e o Pico 31 de Março (2992 m), fazem fronteira com a Venezuela.
Primeiro dia

Chegamos em Alto Caparaó às 11h00 da manhã da quinta-feira. Saindo de São Paulo, foram 12 horas que nem vimos passar, num ônibus super-confortável. Alto Caparaó é uma pequena cidade de Minas Gerais com apenas 6000 habitantes, que vivem essencialmente do café e, hoje em dia, também do turismo. A simpatia reina em cada canto: pousadeiros, jipeiros, pessoas nas lojas e lanchonetes... todos nos recebem bem!
Nos acomodamos na Pousada do Rui, demos uma volta pela cidade e voltamos para um almoço reforçado, preparatório para subir o Pico na madrugada do dia seguinte! Angu, carne, couve, feijão, aipim, rapadura... Tudo o que dá força e energia!

O passeio do dia foi bem light. Fomos de jipe para a Cachoeira das Andorinhas, uma propriedade particular, a 10 km de estrada de terra de Alto Caparaó, onde existe uma estrutura bem organizada para visita. Trilhas, piscinas naturais e pequenas cachoeiras possuem fácil acesso da sede, onde é possível tomar um lanche, ver fotos e informações sobre a região, ou apenas tomar um cafezinho. Só os mais corajosos enfrentaram a água fria das piscinas.

Na volta, passamos junto aos jipeiros em uma tradicional Fazenda de Café, onde acompanhamos todas as fases de sua produção, da plantação até a xícara. Aliás, estava uma delícia! Dona Gleds (a proprietária) nos contou que todo o café de primeira produzido pela fazenda é 100% destinado à exportação! Assim como funciona no resto do Brasil, nosso bom e velho cafezinho é uma porcaria perto do exterior! Lá pudemos provar o do bom, porque para consumo próprio eles logicamente separam o do melhor.

Depois do jantar, ficamos sabendo de um Observatório Astronômico em Alto Caparaó, onde está o maior telescópio particular do Brasil, e fomos até lá checar. Passamos algumas horas conversando com Sr. Hodias, o dentista que idealizou e cuida de tudo. O céu estava lindo e pudemos ver uma constelação, próxima ao cruzeiro do Sul, onde estão aglomeradas 150.000 estrelas!
Segundo dia

Acordamos cedo, café show, e tudo separado: mochila de ataque e mochila para acampamento. Saímos com os jipes até o Parque Nacional do Caparaó. Logo na portaria, o diretor do parque nos recebeu falando bastante de tudo que iríamos encontrar. Pediu nossa ajuda para conservar o local, e nos contou da necessidade do de refazer o plano de manejo dessa unidade de conservação.

Apesar da boa estrutura, desde a portaria até os campings, o parque precisa de um estudo de impacto nas trilhas (que estão bem detonadas) e regras quanto à visitação, já que existem muitos visitantes com o perfil `cerveja, cachaça, gritaria de noite e lixo para qualquer parte`!
Começamos nossa caminhada com o guia local Josias, que nos levou até a Cachoeira Bonita, uma caminhada leve. Apesar de muito Bonita, o ideal é visitá-la no verão ou outono, quando as chuvas aumentam o seu volume.

Seguimos para o Terreirão, onde há um mirante, e então para o Vale Encantado, situado no Vale do Rio José Pedro, a 1980 metros de altitude, num local com piscinas naturais e pequenas cachoeiras. Lá fizemos um lanche, descansamos e alguns nadaram.

Do Vale Encantado seguimos devagar e sempre até a Tronqueira, onde o acampamento nos esperava pronto! De lá podíamos ver o Pico do Cristal, o céu estava lindo, as cores propícias para fotos. Os mais corajosos se aventuraram a um banho, a água no banheiro era congelada e a temperatura já estava abaixo dos 10 graus... Corajosos ou malucos?

Na Reunião do pôr-do-sol, à 18h00, todas as pessoas do acampamento (que estava cheio!) pararam-se para ver o espetáculo. Logo depois, o delicioso jantar: arroz, feijão, frango, farofa... De primeira nosso acampamento! Tinha até sobremesa!
Papo para a digestão, vinho, conhaque para o frio, pipoca para os saco sem fundo e 20h00 já era hora de dormir, pois o Alécio e o Guilherme (guias) iriam nos acordar 1h45... da manhã!!!
Terceiro dia

Dito e feito, 1h45 levantamos! Ah, a noite foi bem fria. Dormi com os pés cheios de meias, dentro de um casaco, dentro do sleeping que, por sua vez, estava dentro da mochila!

Às 2h30 iniciamos a subida para o Pico da Bandeira. A lua minguante estava nascendo, o céu estrelado, quase não precisava da lanterna. Foram três horas de subida, havia outros grupos e mais várias pessoas, cada um no seu ritmo, andávamos, parávamos para descansar, tomar água e tirar um pouco de roupa, depois para pôr mais roupa e comer mais algo, o frio parecia consumir tudo o que comíamos!

Quando chegamos, ventava tanto que não sabíamos mais como nos esquentar! Então vieram os santos Guilherme e Alécio com um delicioso chocolate quente, pelando.
Então ficamos aguardando o tão esperado nascer-do-sol deslumbrante a 2890 metros de altitude. Mas, infelizmente, não rolou!
O tempo ficou fechado e não vimos nada, só clareou. Diz o Josias, guia local, que isso aconteceu devido à mudança de lua, justo hoje!

Continuamos a caminhada sem desanimar em direção ao Pico do Cristal, não queríamos ficar parados, o frio estava demais. E, para nos recompensar, o tempo abriu.
Quando subimos no Pico do Cristal (2780 metros), tivemos a chance de ver a paisagem mais linda do parque, sozinhos, só a galera do grupo, piramos nas fotos e ficamos curtindo, estatelados no chão.
Passamos antes da saída no Vale Verde e voltamos para Alto Caparaó. Banho, descanso, malas prontas, jantar delicioso na Pousada do Rui... A cidade nos reservou ainda uma surpresa: uma festa junina. Fomos dar uma olhada, quadrilha, quentão, canjica, muito legal, mas ninguém agüentou muito tempo, o ônibus nos esperava, quentinho e com cadeiras macias... dormimos as 12 horas até São Paulo, sonhando com a volta ao Caparaó. O nascer do sol fechado foi um convite para voltarmos na certa!
Serviços
Namaste Natureza e Cia
www.namastenatureza.com.br
(11) 6955-0886 begin_of_the_skype_highlighting (11) 6955-0886 end_of_the_skype_highlighting
namaste@namastenatureza.com.br
Dicas dos autores

Vá munido de casacos, luvas e gorros, pois as temperaturas no parque ficam abaixo de zero!
Lanterna, uma boa bota de caminhada, protetor solar, chapéu e lanchinhos devem ser priorizados em locais como o Parque Nacional do Caparaó.
Veja a previsão do tempo antes de ir, e também se haverá mudança de lua, assim você poderá planejar o melhor dia para a subida no Pico da Bandeira. Dizem que em dia de mudança de lua o tempo fecha de repente, e nós fomos provas vivas disso!
Procure sempre um guia local para visitar a região.
Informe-se corretamente dos pontos de água, inexistente em alguns locais da trilha, e nesta caminhada não vale passar sede!
Publicado por Equipe EcoViagem em

Renilda Batista
Eu quero mto voltar e se Deus quiser voltarei e qdo acontecer quero conhecer todos os outros picos q infelizmente não deu tempo de conhecer da ultima vez...

Fernanda Cassia
Estou me programando para conhecer...sou de Poços de Caldas...mas moro em SP e ainda não conheço, quero muito conhecer, em breve estarei ai...
Adoro Minas Gerais!!! minha terra...Meu cafezim, pãozim de quejo. Fernanda Cassia

Telma alves cangussu

Andre martins cortez jipeiro de alto caparao

Gesivelton de O Melo

Lia

Monteiro
meu nome é monteiro e sou da associação de veteranos paraquedistas do rio de janeiro.obs tem que melhorar a sinalização da trinlha em ambos os lados.

Tamara Regiane Alves Cecilio

Fabio Muniz Caputo

Marcelo

Equipe EcoViagem

Ramon

Leo

Vanda

MARCOS PAULO

Tadeu
Desde já agradeço! Tadeu Lobato de Aguiar
Biólogo e Educador Ambiental
Flávia Ramos