Salvador e os Guardiões do Pelourinho
O patrimônio arquitetônico-cultural desconhecido dos próprios baianos
Salvador e os Guardiões do Pelourinho
- Às vezes fico imaginando o quanto sua vida é dinâmica. Viaja sem parar, conhece novas pessoas, visita lugares inusitados e pouco a pouco vai desvendando os mistérios de nosso país. Você tem amigos?

- Tenho, inúmeros. Por quê?

- Porque acredito que seja quase que impossível dar continuidade aos relacionamentos distantes, encontros fortuitos, em momentos raros, pois você está sempre ausente nessa dinâmica frenética de viagens incessantes.
- Dinâmica frenética? Engano seu. Por onde passo levo saudades, recordações, sonhos e desejos de novas realizações. Em Salvador, por exemplo...

- Vários foram os seus projetos para a capital baiana. Cito alguns: o guia turístico e cultural de Salvador, a ação “Guardiões do Pelourinho”, a divulgação da Santa Casa de Misericórdia... Eram, pelo que realizo, idéias, apenas idéias sem continuidade ou concretização, estou correto?

- Não, não está. Adoro Salvador. Sinto-me feliz – e às vezes frustrado e triste – quando percorro as ruas tortuosas do Pelourinho e constato que tudo é muito difícil lá por cima, no nosso querido Nordeste. Mesmo assim, tenho boas novidades.
- Ah, que bom. Já o vi criticar o Carnaval de Salvador, reclamar do desdém que os soteropolitanos têm para com o seu patrimônio histórico, denunciar o mau gosto das edificações modernas dos bairros periféricos e sem expressão arquitetônica. Criticar o aspecto visual da orla marítima; enfim, que notícias positivas você tem para nós?

- Ontem, no final do dia, ao conversar com um Diretor da Bahiatursa – orgão estadual responsável pela divulgação e incremento do turismo em todo o Estado – soube que finalmente, ações concretas vão ser tomadas para amenizar, direcionar e melhorar a vida dos meninos de rua que permanecem sem rumo naquele local espetacular que, por ordem de Dom João III, Rei de Portugal, tornou-se uma cidade - fortaleza denominada São Salvador.

- Adoraria ter o poder de entrar no túnel do tempo e assim assistir à chegada da caravela que trazia o primeiro Governador Geral do Brasil – Tomé de Souza - em 1549. Certamente a Baía de Todos os Santos era um local idílico, natureza virgem, águas límpas e praias imaculadas. Do Porto da Barra iniciou a história dessa imponente, gloriosa, bela e maltratada capital brasileira... Naqueles tempos, se encontrava nas redondesas o Arraial do Pereira: pequeno núcleo urbano em pleno território Tupinambá, a nação indígena daquelas terras.

- Acorda sô!!! Volte ao presente. Falemos dos Guardiões do Pelourinho. Qual é a sua idéia?

- A minha idéia é simples embora complexa. Cerca de 30 meninos vivem soltos pelas ruelas do centro histórico. São boas pessoas, seres ágeis, inteligentes e inoportunos. Têm como único meio de sobrevivência a mendicância, o roubo, o assédio inadequado aos turistas e passantes. Sempre acreditei que, com boa vontade e através de uma ação verdadeiramente humanitária, o problema seria resolvido ao contar com essas crianças para acolher dignamente os visitantes, recepcioná-los, em uma oportunidade de serem úteis à comunidade e, finalmente, estarem inseridos de maneira real no quotidiano cívico do bairro.

- Compreendo. Mas onde está a dificuldade? Por que você não leva adiante pra valer essa idéia? Isso não é somente um projeto. A meu ver é uma missão, uma obrigação!

- Pois é meu amigo. Voltando a citar a minha mencionada conversa com Paulo Guaranys, ressalto que, finalmente, as autoridades locais deram ouvidos aos gritos de alarme e ecos para levar adiante a possibilidade de oferecer, devolver, e propiciar dignidade e orgulho a esses meninos e meninas de rua.

- Lembra-se daquele pequeno engraxate que relatou sua experiência de fuga de Aracajú para Salvador, dentro da boléia de um caminhão? –“Moço, eu sou um homem sofrido. Tenho só 9 anos, deixei o meu passado lá no Sergipe e sonho seguir para São Paulo onde poderei ficar rico...”

- É triste, não é mesmo? O amadurecimento precoce dessa criança, vítima de uma sociedade injusta, ignorante, arrogante e omissa nos faz encontrar uma leva de desajustados por todo o país. Por isso fiquei muito feliz com a notícia de que no próximo dia 31 de outubro, poderemos enfim, dar continuidade à concretização desta possibilidade real de contribuir para o bem estar dos futuros Guardiões do Pelourinho.
Publicado por Fábio Ávila em

Jamillyja

Raquelly

Rosangela Vilela
Rosangela Vilela - Bacharela em Turismo -Pós-Graduada em Administrração do Turismo.

Marcia Pinho

Olimpia

CELESTE AIDA GESTEIRA PAIVA

Claudia Ribeiro
Amo Salvador e todo o Nordeste, mas a miseria me assusta, incomoda e me choca. Vivo no Rio, onde a miseria praticamente nao existe como em outros locais do pais, pois aqui pelo menos existe o que comer, pela generosidade do povo, conforme pesquisa feita pelo proprio Fantastico. Porem sou de opiniao de que mais importante do que dar o peixe, e ensinar a pescar. Gostaria de ensinar muita gente a pescar, mas sinceramente, nao sei por onde comecar!

Pedro Alves da Silva

Valderez kruger borges

Fábio Ávila

Talita
MOREI 2 ANOS EM PORTO SEGURO!! E 1 ANO ENTRE ITACARÉ E SALVADOR, TO LOUCA PRA VOLTAR!!!!!!!!!!!!!!
BAHIA QUE NÃO ME SAI DO PENSAMENTO.....

Juliana de carvalho Rocha

Fábio Ávila

Derly Garcia Veloso
Bacharel em Turismo /Pos Graduanda em Gestão Estratégica de Recursos Humano.

LUCAS AGRA PIMENTEL

Maria atarcilia da silva

Marcele