Bebedouro: um futuro promissor, se levado a sério
Terra da laranja, a cidade nos apresenta o seu rico e mal cuidado patrimônio arquitetônico
- Onde vocês palestraram na semana passada?

- No IMESB.
- O que?... Seja mais claro em suas respostas!


- Está bem: no Instituto Municipal do Ensino Superior de Bebedouro “Victório Cardassi”. Tivemos a oportunidade de interagir com alunos dos cursos de Serviço Social, Direito, Rádio e TV, Publicidade e Propaganda, Jornalismo, Ciências Econômicas, Ciências Contábeis e Administração.

- Nossa! Não há nenhum curso de Turismo por lá? Qual foi o tema da exposição de vocês?
- Uma resposta por vez: não há curso de Turismo e nem acredito que deva haver. As demais matérias têm ligação direta com a questão turística. Todo empreendimento deve ser bem administrado, ter resultados financeiros e econômicos, ter respaldo legal, ser divulgado e prestar o bem à comunidade onde se encontra. Entendeu?

- E a segunda resposta?
- Palestramos sobre o tema “Brasilzão”. E, embora houvesse um grande interesse por parte dos universitários ali presentes, constatamos, mais uma vez, a falta de conhecimento sobre as diversidades brasileiras ou sobre a própria região em que habitam. Raros são aqueles que têm uma noção ampla da dimensão deste país, de suas fronteiras e de seus povos.

- O que você sabe sobre Bebedouro?
- Vou responder de maneira clara e emocional, sem dessa vez, entrar em aspectos históricos sobre a pacata e agradável cidade. Bebedouro está bastante limpa para os padrões brasileiros. Possui áreas verdes, embora necessite dar continuidade aos esforços de arborização temática.

- O que seria para você arborização temática?
- Sabemos que antigamente os árabes ornamentavam seus jardins internos com laranjeiras, por eles consideradas espécies exóticas, que embelezavam o paisagismo. Tente imaginar Bebedouro, a capital da laranja, com espécies raras plantadas em seus jardins e pelas vias publicas. Como em Belém do Pará, onde as mangueiras constituem parte da alma da capital.

- Certamente serão necessários ainda maiores esforços para embelezá-la. O seu patrimônio histórico-arquitetônico – representado por uma bela e instigante estação ferroviária e por uma colônia singela de casinhas geminadas além das linhas elegantes dos casarões centenários – encontra-se menosprezado pela própria população e pela administração local. A poluição visual provocada pela publicidade indevida e painéis de propaganda de proporções exagerados desfigura o semblante de uma das mais simpáticas cidades brasileiras.

- O que poderia ser feito para devolver à cidade o seu brilho de outrora?
- Agora sim vou passar a você alguns dados sobre Bebedouro: cerca de 80 mil pessoas convivem naquela cidade acolhedora, que ainda abriga mais de 1.500 empresas e centenas de indústrias em seu território.
- Quando nasceu Bebedouro?

- Em 2009 serão festejados 205 anos de existência de Bebedouro, que surgiu junto a um córrego de águas límpidas por onde passavam os tropeiros após longas viagens pelo Interior brasileiro.

É necessário, portanto uma reflexão sobre o seu futuro, sobre a utilização de seus potenciais humanos, históricos, culturais e financeiros, ao resgatar de maneira sólida vestígios e marcas de seu passado que a transformaram na “Califórnia Brasileira”. Turismo rural, turismo cultural, educação, esporte e religião se apresentam como atrativos que devem ser considerados como a forte razão de ser dos bebedourenses.

- Tenho um pouquinho de informações sobre Bebedouro. Fiquei fascinado com o Museu Eduardo André Matarazzo, onde aviões, carros e armas compõem um raro acervo, que resgata aspectos

importantíssimos da indústria brasileira. O Museu Ferroviário, a Estação Cultura, o Horto Florestal e outras atrações podem contribuir, se levados a sério, para que Bebedouro seja um destino privilegiado para lazer, descanso e entretenimento no Estado de São Paulo.
- Mas, para que isso ocorra, é preciso despertar a população incitando-a a valorizar a sua própria cidade!
- Falou e disse! Sem isto, nada daquilo...

Publicado por Fábio Ávila em

Galvão (José Antônio Fontes)

Sissi Canto de Souza

Carlos augusto muraca

Graça

Graça
Faz comentários reais de quem vê de fora, pois muitos que aqui vivem não dão o devido valor e acredita que a "casa do vizinho" é sempre a melhor.
Gostaria de falar com vc.
contato 017. 91032275

Newton Hermógenes
O país está cheio de profissionais bacharéis de turismo e técnicos da área esperando uma oportunidade de trabalho. "Deixemos os profissionais de turismo trabalharem"
Newton Hermógenes
Bacharél em Turismo pela Faculdade de Turismo de Santos Dumont.
João Carlos Lima